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3º COLEGIAL

3º COLEGIAL

Padrões, índices

QUALIDADE DO AR

Padrões de Qualidade do ar
Os padrões de qualidade do ar definem legalmente o limite máximo para a concentração de um poluente na atmosfera, que garanta a proteção da saúde e do meio ambiente. Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos produzidos por poluentes específicos e são fixados em níveis que possam propiciar uma margem de segurança adequada.

Os padrões nacionais foram estabelecidos pelo IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e aprovados pelo CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente, por meio da Resolução CONAMA 03/90.

São estabelecidos dois tipos de padrões de qualidade do ar: os primários e os secundários.

São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo.

São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo.

O objetivo do estabelecimento de padrões secundários é criar uma base para uma política de prevenção da degradação da qualidade do ar. Devem ser aplicados às áreas de preservação (por exemplo: parques nacionais, áreas de proteção ambiental, estâncias turísticas, etc.). Não se aplicam, pelo menos a curto prazo, a áreas de desenvolvimento, onde devem ser aplicados os padrões primários. Como prevê a própria Resolução CONAMA n.º 03/90, a aplicação diferenciada de padrões primários e secundários requer que o território nacional seja dividido em classes I, II e III conforme o uso pretendido. A mesma resolução prevê ainda que enquanto não for estabelecida a classificação das áreas os padrões aplicáveis serão os primários.

Os parâmetros regulamentados são os seguintes : partículas totais em suspensão, fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio. Os padrões nacionais de qualidade do ar são apresentados na tabela a seguir.

 

 

 

 

Padrões nacionais de qualidade do ar
(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

Poluente 

Tempo de
Amostragem
 

Padrão
Primário
µg/m³
 

Padrão
Secundário
µg/m³
 

Método de
Medição
 

 

partículas totais
em suspensão

24 horas1
MGA2

240
80

150
60

amostrador de
grandes volumes

 

partículas inaláveis

24 horas1
MAA3

150
50

150
50

separação
inercial/filtração

 

fumaça

24 horas1
MAA3

150
60

100
40

refletância

 

dióxido de enxofre

24 horas1
MAA3

365
80

100
40

pararosanilina

 

dióxido de nitrogênio

1 hora1
MAA3

320
100

190
100

quimiluminescência

 

monóxido de carbono

1 hora1

8 horas1

40.000
35 ppm
10.000
9 ppm

40.000
35 ppm
10.000
9 ppm

infravermelho
não dispersivo

 

ozônio

1 hora1

160

160

quimiluminescência

1 - Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano. 2 - Média geométrica anual. 3 - Média aritmética anual.

A mesma resolução estabelece ainda os critérios para episódios agudos de poluição do ar. A declaração dos estados de Atenção, Alerta e Emergência requer, além dos níveis de concentração atingidos, a previsão de condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes.

A Legislação Estadual (DE 8468 de 08/09/76) também estabelece padrões de qualidade do ar e critérios para episódios agudos de poluição do ar, mas abrange um número menor de parâmetros. Os parâmetros fumaça, partículas inaláveis e dióxido de nitrogênio não têm padrões e critérios estabelecidos na Legislação Estadual. Os parâmetros comuns às legislações federal e estadual têm os mesmos padrões e critérios, com exceção dos critérios de episódio para ozônio. Neste caso a Legislação Estadual é mais rigorosa para o nível de atenção (200µg/m3).

Além dos poluentes para os quais foram estabelecidos Padrões de Qualidade do Ar, a CETESB monitora outros parâmetros, como por exemplo, os Compostos de Enxofre Reduzido Total (ERT).

 

 

 

 

Critérios para episódios agudos de poluição do ar
(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

Parâmetros

Atenção

Alerta

Emergência

 

partículas totais em suspensão
(µg/m3) - 24h

375

625

875

 

partículas inaláveis
(µg/m3) - 24h

250

420

500

 

fumaça
(µg/m3) - 24h

250

420

500

 

dióxido de enxofre
(µg/m3) - 24h

800

1.600

2.100

 

SO2 X PTS
(µg/m3)(µg/m3) - 24h

65.000

261.000

393.000

 

dióxido de nitrogênio
(µg/m3) - 1h

1.130

2.260

3.000

 

monóxido de carbono
(ppm) - 8h

15

30

40

 

ozônio
(µg/m3) – 1h

400*

800

1.000

* O nível de atenção é declarado pela CETESB com base na Legislação Estadual que é mais restritiva (200 µg/m3).

Índice de qualidade do ar e saúde
O índice de qualidade do ar é uma ferramenta matemática desenvolvida para simplificar o processo de divulgação da qualidade do ar. Esse índice é utilizado desde 1981, e foi criado usando como base uma longa experiência desenvolvida no Canadá e EUA.

Os parâmetros contemplados pela estrutura do índice da CETESB, são:
- dióxido de enxofre (SO2)
- partículas totais em suspensão (PTS)
- partículas inaláveis (MP10)
- fumaça (FMC)
- monóxido de carbono (CO)
- ozônio (O3)
- dióxido de nitrogênio (NO2)

 

 

 

 

Para cada poluente medido é calculado um índice. Através do índice obtido ar recebe uma qualificação, que é uma espécie de nota, feita conforme apresentado na tabela abaixo:

Qualidade 

Índice 

MP10
(µg/m3)
 

O3
(µg/m3)
 

CO
(ppm)
 

NO2
(µg/m3)
 

SO2
(µg/m3)
 

 

Boa

0 - 50

0 - 50

0 - 80

0 - 4,5

0 - 100

0 - 80

 

Regular

51 - 100

50 - 150

80 - 160

4,5 - 9

100 - 320

80 - 365

 

Inadequada

101 - 199

150 - 250

160 - 200

9 - 15

320 - 1130

365 - 800

 

200 - 299

250 - 420

200 - 800

15 - 30

1130 - 2260

800 - 1600

 

Péssima

>299

>420

>800

>30

>2260

>1600

 

   

 

Para efeito de divulgação utiliza-se o índice mais elevado, isto é, a qualidade do ar de uma estação é determinada pelo pior caso. Esta qualificação do ar está associada com efeitos sobre à saúde, independentemente do poluente em questão, conforme tabela abaixo:

Qualidade 

Índice 

Significado

 

Boa

0 - 50

Praticamente não há riscos à saúde.

 

Regular

51 - 100

Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas), podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. A população, em geral, não é afetada.

 

Inadequada

101 - 199

Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas), podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.

 

200 - 299

Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda apresentar falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas).

 

Péssima

>299

Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em pessoas de grupos sensíveis.


Individualmente, cada poluente apresenta diferentes efeitos sobre a saúde da população para faixas de concentração distintas, identificados por estudos epidemiológicos desenvolvidos dentro e fora do país. Tais efeitos sobre a saúde requerem medidas de prevenção a serem adotadas pela população afetada.

Problemas decorrentes da baixa umidade do ar e da alta concentração de poluentes
No inverno, freqüentemente ocorrem dias com baixa umidade do ar e alta concentração de poluentes. Nessas condições, é comum ocorrerem complicações respiratórias devido ao ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.

Quando a umidade relativa do ar estiver entre 20 e 30%, é melhor evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas; umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, umidificação de jardins etc; sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas.

Se a umidade estiver entre 20 e 12%, é recomendável suspender exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas; evitar aglomerações em ambientes fechados; e seguir as orientações anteriores.

Mas, se a umidade for menor do que 12% é preciso interromper qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas; determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados; manter umidificados os ambientes internos, principalmente quartos de crianças, hospitais etc.

Além dessas medidas é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.


 

 

TEXTO PARA O 2º BIMESTRE

ESCALA EO CONCEITO DE PH

pH, ou Potencial de Hidrogênio, é a escala que mede o grau de acidez ou alcalinidade de uma substância, podendo variar de 0 a 14. 

pH é uma característica de todas as substâncias, determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+). Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-. 

Conhecer o pH de substâncias é um processo que requer o auxílio de um phmetro. Através deste aparelho é possível medir com precisão a acidez de líquidos. 

Os valores de pH que iremos apresentar aqui é uma amostra da escala de pH, cada componente irá apresentar um valor diferente do outro. 

Material: 

- Aparelho phmetro; 
- 11 recipientes transparentes (cada recipiente irá comportar um componente da escalade pH); 
- Soluções para análise. 

As soluções com seus respectivos valores de pH serão listadas na tabela: 


Dica: coloque uma etiqueta em cada recipiente com o valor do pH do produto. 

Procedimentos: 

1. Confirme os valores de pH estipulados para os produtos utilizando o aparelho phmetro: ensine a turma a operar o aparelho; 
Nota: se houver diferença mínima, não descarte sua medida de pH, pois a acidez pode variar, não precisando obedecer a tabela. 

2. Com os valores de pH em mãos, peça aos alunos para classificarem cada substância se baseando na tabela abaixo: 

Os valores de 0 a 7 são considerados ácidos, valores em torno de 7 são neutros e valores acima de 7 são básicos (alcalinos). 

Com esta aula é possível introduzir o conceito de pH e ainda ensinar aos alunos sobre o aparelho phmetro. 

Por Líria Alves
Graduada em Química 
Equipe Brasil Escola   

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